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STÁLIN, THE IRON MAN!!!

Quando terminou a Revolução Russa, os três principais personagens, Lenin, Trotsky e Stálin... estavam preparados para governar a chamada agora União das Repúblicas Socialistas Soviéticas?
Talvez houvesse alguém um pouco contrariado com os ideários "comunistas" de Lênin, esse cara era : Iosif Vissarionovich Djugashvili, e essa contrariedade se confirmou após a morte de Lênin, pois ficou claro a intenção de assumir a URSS no lugar de Lênin e Trtosky.
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Nascido em Gori, na Geórgia, em 1878, Iosif Vissarionovich Djugashvili só adotaria o famoso pseudônimo em 1913. Stalin, em russo, remete a “feito de aço”. E era assim que o jovem bigodudo se via: como um homem de aço, a despeito de seus mirrados 1,62 de altura. Filho de um sapateiro beberrão e de uma faxineira, o futuro revolucionário teve uma infância sofrida. Vítima de varíola, carregou marcas no pescoço e no rosto pelo resto da vida, além de ter nascido com duas deficiências físicas: o braço esquerdo 5 cm mais curto e dois dedos do pé colados. Foram esses fatores, aliados ao espírito de agitador, que motivaram sua dispensa do Exército quando ele se alistou para combater na 1ª Guerra.
Adolescente, Stalin frequentou um seminário da Igreja Ortodoxa Russa em Tbilisi, capital da Geórgia. Foi lá que aprendeu o idioma russo e a pensar de maneira sistemática, lendo panfletos marxistas clandestinos e adquirindo consciência política. Tudo por conta do clima repressivo que o lugar impunha. Aos 20 anos, Koba, como era chamado pelos amigos, abandonou os estudos sacerdotais para abraçar a fé comunista – mais tarde, sua mãe confessou que preferia tê-lo visto padre. Seu plano, agora, era se empenhar pela revolução. Hierarquia, disciplina e luta de classes viraram expressões corriqueiras em seu dia a dia. Assim como incitar manifestações, espancar adversários e roubar bancos. Stalin chegou a ser preso e enviado para a Sibéria sete vezes. E foi no isolamento que desenvolveu algumas de suas características mais marcantes: a frieza e a autossuficiência.

O primeiro contato com Lenin aconteceu em 1905, e em pouco tempo cairia nas graças do líder bolchevique. Lenin se referia a ele como “o georgiano que nos consegue dinheiro”. Cabia a Stalin fazer o trabalho sujo em toda e qualquer ação revolucionária. Na posição de capataz de Lenin – e ainda que não fosse um intelectual como Trotsky -, Stalin ganhou respeito dentro do Partido Comunista.
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Após a morte de Lenin, a propaganda oficial e os órgãos de repressão atuaram duramente contra qualquer movimento de contrarrevolução. Agora comandada por Stalin, a URSS queria se consolidar como Estado unificado, combatendo o nacionalismo de todas as formas. Pouco afeito a longos discursos e fraco de oratória, Stalin costumava dizer que qualquer problema poderia ser resolvido com o uso da força. Era o que acontecia, por exemplo, com os camponeses, vistos como capitalistas rurais que freavam a revolução. A solução era expulsá-los de suas terras e enviá-los a fazendas coletivas, cidades industriais ou mesmo a campos de trabalho forçado, os Gulags.
Ao fim dos anos 1920, a prosperidade ucraniana, a autonomia cultural do país e a resistência de seus agricultores levaram Stalin a condenar pelo menos 5 milhões de pessoas à morte pela fome. Isso porque, entre 1932 e 1933, ele ordenou a proibição da compra, troca ou venda de alimentos, num evento que ficou conhecido como holocausto ucraniano.
Para industrializar a URSS, Stalin deu início, em 1928, a uma série de planos quinquenais. Com projetos grandiosos, como a construção de canais, represas, ferrovias e formação de grandes indústrias, a URSS logo entraria na era moderna. Enquanto o resto do mundo sofria com a recessão histórica da quebra da bolsa de Nova York, em 1929, a economia soviética cresceu 2.425% entre 1928 e 1937. Tamanha expansão só seria obtida pagando um alto preço: o trabalho escravo. Os Gulags abrigavam centenas de milhares de pessoas. Considerados criminosos e “inimigos do Estado”, os trabalhadores desses locais se resumiam a qualquer um que não agradava ao regime – camponeses, presos políticos, intelectuais e pessoas de outras etnias. A brutalidade stalinista também ganharia destaque com os expurgos, iniciados em 1934 com a finalidade de identificar membros do partido que não se mostravam suficientemente militantes ou leais.
Quem, em algum momento, tivesse discordado de Stalin poderia agora ser preso, julgado e fuzilado – mesmo que por uma trivialidade. O próprio ditador costumava deleitar-se assistindo aos chamados “julgamentos de fachada”, usados para convencer o povo de que havia inimigos por toda parte. Em muitos casos, antigos camaradas eram torturados e obrigados a confessar conspirações das quais nunca participaram. “Stalin exigia apoio incondicional e sem discussão, e muitas mudanças em suas posições políticas nunca seriam explicadas”, escreve o historiador Zhores Medvedev, autor de Um Stalin Desconhecido.
Estima-se que Stalin tenha assinado de próprio punho a execução de 41 mil pessoas. Além disso, autorizou o envio de pelo menos 8 milhões aos Gulags. Qualquer indivíduo era um suspeito em potencial: oficiais das forças armadas, membros do comitê central, dirigentes empresariais, cientistas, escritores e até mesmo amigos próximos. Entre suas vítimas estiveram Grigori Zinoviev e Lev Kamenev, com quem Stalin compartilhou a Troika – o triunvirato que sucedeu Lenin. Não raro, o “Vojd” – líder, equivalente russo ao alemão “Führer” – era visto nos enterros daqueles que ele mesmo mandara executar.
Com mão de ferro governou a URSS, mas suas atrocidades foram marcantes na história, mesmo assim , existem opiniões das mais diversas e diferentes em relação a seu caráter e governabilidade. 

Até breve!!


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