Em meados do século XVI, a Igreja Católica, sofre
um grande impacto em suas estruturas políticas e influenciadoras da Europa
Absolutista, apesar de muitos reinos poderosos na Europa serem submissos ao
Papa ( Leão X), o surgimento de um movimento em oposição a esses poderes,
traria uma nova atmosfera nos anos decorrentes em todo continente europeu.
A Reforma ocorreu no século XVI, mas,
antes disso, pensadores já condenavam as práticas da Igreja, como o teólogo
inglês John Wycliffe (1320-1384) e o filósofo tcheco Jan Huss (1369-1415).
Wycliffe quis que a Igreja se limitasse às questões espirituais, deixando a
política ao Estado. Já Huss iniciou um movimento baseado nas ideias de Wycliffe
e se opôs à venda de indulgências e à riqueza do clero.
Dentro da Igreja, surgia algumas contestações aos
dogmas papais, e uma pessoa em especial, desencadearia esse processo de se
impor contra as " leis católicas" ou também podemos chamar de:
interpretação oficial da Bíblia. O principal personagem do movimento chamado,
Reforma Protestante, é Martim Lutero.
Monge agostiniano alemão, e professor
da Universidade de Wittenberg. Crítico, negava algumas práticas comuns
apregoadas pela Igreja.
Em 1517, revoltado com a venda de
indulgências realizada pelo dominicano João Tetzel, Lutero escreveu em
documento com 95 pontos criticando a Igreja e o próprio papa.
Estas 95 teses teriam sido pregadas na
porta de uma igreja a fim de que seus alunos lessem e se preparassem para um
debate em classe. No entanto, alguns estudantes resolveram imprimi-las e lê-las
para a população, espalhando assim, as censuras à Igreja Católica.
Em 1520, o papa Leão X redigiu uma bula
condenando Lutero e exigindo sua retratação. Lutero queimou a bula em público o
que agravou a situação.
Em 1521, o imperador Carlos V convocou
uma assembleia, chamada "Dieta de Worms", na qual o monge foi
considerado herege.
Acolhido por parte da nobreza alemã
refugiou-se no castelo de Wartburg. Ali, se dedicou à tradução da Bíblia do
latim para o alemão, e a desenvolver os princípios da nova religião.
Em 1530, a Confissão de Augsburgo,
escrita por Melanchthon, discípulo de Lutero, fundamentou a doutrina Luterana.
Seguiram-se guerras religiosas que só
foram concluídas em 1555, pela "Paz de Augsburgo". Este acordo
determinava o princípio de que cada governante dentro do Sacro Império poderia
escolher sua religião e a de seus súditos.
Em cada região, o Luteranismo assumiu
características diferentes: no Sacro Império teve a liderança de Martinho
Lutero.
Ainda no clima de Protestantismo, temos mais
religiões surgindo, além da Alemanha, temos na Suiça e Inglaterra também, Surge
outro nome de grande importância ao protestantismo, chamado João Calvino,
fundador da igreja Calvinista e após, devido a um desentendimento entre o Papa
e o rei da Inglaterra, Henrique VIII, o mesmo funda sua própria igreja, a
Anglicana, todos através do caminho aberto por Martinho Lutero e a Reforma
Protestante.
Para encerrarmos essa primeira parte da história da
Reforma Protestante, temos que destacar na Escócia,
o protestantismo foi introduzido por John Knox, discípulo de Calvino, e criou o
conceito político-religioso de “presbiterianismo”, com igrejas governadas por
oficiais eleitos pela comunidade, os presbíteros, livres da tutela do Estado.
De fato, esses protestantes não queriam
inovar, mas restaurar antigas verdades bíblicas que a Igreja havia esquecido ou
trocado por suas tradições humanas. Valorizaram as Escrituras, a salvação pela
graça divina e pela fé somente, sem as obras.
foto: André Toma / Mundo Estranho
Comentários
Postar um comentário